terça-feira, 30 de novembro de 2010

Minha pesquisa foi fruto da minha inquietação quanto à presença do lúdico em sala de aula como mobilizador de um trabalho interdisciplinar. Tive como objetivo refletir sobre a contribuição do lúdico na elaboração de um trabalho interdisciplinar em sala de aula. Busquei informações, teorias e exerci a prática para responder às minhas indagações, estruturando um trabalho em três etapas: o lúdico e a educação, o que é interdisciplinaridade e a análise de atividades interdisciplinar e lúdica em sala de aula. O levantamento do referencial teórico foi realizado por meio de estudos e práticas sobre a importância do lúdico, sua relação com o desenvolvimento e a construção do conhecimento da criança, e como o mesmo pode promover a interdisciplinaridade na sala de aula. A segunda etapa, das coletas de dados, foi realizada no decorrer do estágio curricular do curso de Pedagogia Modalidade a Distância da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Essa foi de forma investigativa e mediante uma pesquisa qualitativa, numa turma de terceiro ano do Ensino Fundamental, de uma escola pública municipal na cidade de Novo Hamburgo. Para mim, as brincadeiras, quando trabalhadas num momento certo e utilizadas para seguirem uma linha de raciocínio sobre o conteúdo escolar, não só podem servir de desafio para que o aluno se torne interessado pelo assunto que o professor quer ensinar, como também podem despertar a vontade do educando sair em busca de novos conhecimentos, explorando-os e expandindo-os. A interdisciplinaridade ocorreu de forma “natural”, pois o lúdico fez um “elo” para que os conteúdos curriculares fossem trabalhados num âmbito globalizado. As evidências são a minha maior força, apresentadas nesse trabalho. É de suma importância relatar que também a partir dos estudos teóricos (SÁ, KISHIMOTO, FORTUNA,...) que no ato do brincar a criança entra em contato com a realidade externa, estabelece vínculos e passa a interagir com o mundo. Assim, inicia-se o conhecimento do mundo e conseqüentemente de si própria, gerando o auto-conhecimento, condição esta imprescindível para a busca de sua autonomia.

DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM SOB O ENFOQUE DA PSICOLOGIA II - D
Só posso falar sobre conhecimento quando me aproprio de teorias e penso na minha prática. O conhecimento, para mim, não é algo adquirido, tão somente, no meio (o objeto - empirista ) nem somente na bagagem hereditária (o sujeito- apriorismo). O conhecimento é uma construção.
Para mim, a aprendizagem ocorre quando o aluno consegue interagir com o meio e entre ele mesmo, numa construção.
Para o aluno aprender, o professor deve “lançar desafios” para a busca do conhecimento, o professor não deve trazer tudo pronto, deve ser sim um professor que desafia seu aluno.
O aluno produz transformações no mundo objetivo, através da dimensão assimiladora, e pela dimensão acomodadora, produz transformações em si mesmo. E, ao produzirem essas transformações, a aprendizagem será construída, pois resultará em uma síntese indefinidamente renovada entre a continuidade e a novidade. ASSIMILAÇÃO+ACOMODAÇÃO=APRENDIZAGEM E TRANSFORMAÇÃO.
Aprendi muito sobre os estádios do desenvolvimento, segundo Piaget.
NA INTERDISCIPLINA “EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS”, participamos de muitos fóruns, onde as “trocas’ me ajudaram muito em meus estudos. Acredito que em se tratar de inclusão é preciso a valorização de uma pedagogia que contemple a cooperação e o diálogo, numa análise de propostas de uma organização curricular que são pautadas pela flexibilidade nos procedimentos de avaliação e planejamento, além da presença significativa dos dispositivos de apoio aos docentes e aos alunos. É preciso, então, considerar valioso as interpretações associadas à inclusão, as que identificam esse conceito como integrantes de movimentos históricos de ampliação dos direitos sociais e de investimentos na qualificação dos serviços educacionais.
NA INTERDISCIPLINA DE QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS NA EDUCAÇÃO: SOCIOLOGIA E HISTÓRIA: Aprendi muito com Marilene Paré, que afirma que os (Auto-Imagem e Auto-Estima na Criança Negra: Um Olhar sobre o seu Desenvolvimento Escolar) os atos discriminatórios diminuem a auto-estima e inibem o pleno desenvolvimento cognitivo.
A escola é responsável pelo processo de socialização das crianças, local onde se estabelecem relações entre elas, as mesmas que são vidas de diferentes núcleos familiares. Esse contato diversificado poderá fazer com que na escola aconteça o primeiro passo de vivência das tensões raciais. Então, é dever da escola trabalhar estas questões raciais e, trazer para o cotidiano da sala de aula, estratégias que contemplem as necessidades específicas destes alunos. É fundamental que se trabalhe a auto-estima. Assim a escola será um meio eficaz de prevenir e diminuir o preconceito.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Na interdisciplina de Projeto Pedagógico em Ação, entre outros, aprendi muito sobre Projetos de Aprendizagem e que os mesmos permitem a acolhida de interesses dos alunos; desafiam os estudantes a examinar temas ou aspectos nos quais a escola normalmente não costuma se deter e que não são explorados pela mídia;estimulam os alunos a se comprometerem na pesquisa de idéias, na aplicação de processos intelectuais em problemas de interesse pessoal ou social;envolvem o aluno com a realidade; etc Aprendi a importância de que as Perguntas são o resultado natural da curiosidade e nos encaminham a novos conhecimentos ou a novas compreensões. Que há os conhecimentos prévios, onde há certezas provisórias e as dúvidas, vão se modificando em busca da construção do conhecimento, e assim podemos contar também com as TIC que tornam-se poderosos recursos para facilitar o trabalho do professor e dos alunos. Na interdisciplina de Organização de Ensino Fundamental aprendi dados importantes de como seconstituiu historicamente o movimento pela gestão democrática na educação, e características e formas de organização curricular por série e por ciclos e a “problemática” na avaliação, bem como as principais características do Projeto Político Pedagógico (PPP) e do Regimento Escolar, bem como a importância da construção coletiva, por toda a comunidade, desses documentos, e como essa prática interfere na qualidade do PPP.

domingo, 21 de novembro de 2010

Na interdisciplina de Artes Visuais aprendemos um pouco da história da arte no Brasil, o ensino da arte numa perspectiva multiculturalista, algumas tendências contemporâneas no ensino da arte, a avaliação na arte: o bicho papão, entre outras temáticas, levando-me a descobrir que na arte há interpretações individuais e que devem ser consideradas, numa visão ampla e com respeito. Na Interdisciplina de Literatura Infantil e Aprendizagem aprendi muito sobre como é importante a contação de história; e a poesia como uma literatura indispensável a todos; também a importância dos elementos da narrativa, os contos de fadas, o mundo literário e belo de alguns autores brasileiros, as fábulas; tudo onde ocorreu muitas trocas e sugestões entre os colegas do curso, enriquecendo nossa aprendizagem. Na interdisciplina de Ludicidade e Educação ocorreu estudos sobre conceituação de jogo, brinquedo, brincadeiras e ludicidade, e onde não foi deixado de lado os estudos sobre o ser humano e sua essência lúdica, também tivemos acesso à muitos artigos de Tânia Ramos Fortuna, especialista no assunto, entre outros estudiosos. Na interdisciplina de Música na Escola aprendemos que é muito importante a música na constituição do eu na criança e da importância das experiências musicais na construção da identidade da infância até a idade adulta; entre outros assuntos a importância do folclore musical e, o quanto é imprescindível possibilitar o acesso das crianças à produção musical de qualidade, pois é um modo de educar; estudamos alguns compositores brasileiros dando relevância à história da Música Popular Brasileira. Finalmente na Interdisciplina Teatro e Educação Tivemos aulas onde ocorreu experimentação de jogos e improvisação a partir de diferentes técnicas, as quais poderão ser repassadas aos nossos futuros alunos.
Na interdisciplina Representação do Mundo pela Matemática
foram criadas algumas atividades para serem desenvolvidas de forma coletiva ou individualizadas, com textos, jogos, vídeos, descrição de materiais concretos com a perspectiva que eles podiam servir para ajudar-nos nas nossas aulas de Matemática. Também disponibilizaram livros digitalizados, indicações de livros, endereços e pediram muitas sugestões de materiais, livros e opiniões, onde as "trocas" foi imprenscindível para nossa aprendizagens em relação a diversos conteúdos, como: classificação e seriação, números e operações, espaços e formas,... Na interdisciplina de Representação do mundo pelas Ciências Naturais houve grande aprendizado onde faz-se importante que todos os seres humanos demonstrem sua concepção de natureza: relação ser humano e ambiente, numa perspectiva de conscientização dos cuidados com o meio ambiente, e conhecimentos aos ciclos e mudanças (tempo e espaço), numa associação de que "arte e ciência se misturam", onde nos foram repassadas metodologias para "encarar" a ciências como parte integrada de nossa vida e que a aprendizagem da mesma aconteça de forma prazerosa. Na interdisciplina de Representação do Mundo pelos Estudos Sociais, teve início a nossa aprendizagem de Maior valorização de nossa "Caminhada enquanto professores", visto que a historia de nossas vidas pessoais e profissionais foram colocadas em pauta, assim partindo do "historizar-se", procuramos aprender sobre nossa história e, quais os fatos de nossa realidade, de nossos alunos, e enquanto Município, Estado e Nação estiveram em evidência e as repercussões históricas, sempre as aulas aliadas à criticidade e verdade, foram aulas de enorme aprendizagem.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Nossa realidade, precisamos transformá-la!

A tempo passa... a história muda mas, algumas "coisas" persistem...
No Brasil, ainda a escola constitui um produto social desigualmente produzido; desde o discurso político republicano, que insiste sobre a função homogeneizadora e igualitária da escola.
Seu acesso é modulado não apenas por múltiplos padrões distintivos (categoria socioeconômica, sexo, etnicidade, local de residência…), como também pelo tipo de rede escolar freqüentado (pública, particular).
A heterogeneidade provocada pela atual fragmentação do sistema escolar brasileiro em várias redes reproduz, acentuando-as, as desigualdades sociais e compromete o desenvolvimento econômico e social desse país.

O que é PPP, didática e currículo?

O PPP existe para planejar as ações educativas, tem intencionalidade; é expressão de uma parte de nossa vontade, seja social, seja individual.
O PPP deve ser reformulado tantas vezes forem preciso
Há muitos fatores que estão em jogo quando se projetam ações educativas, como: QUE ALUNOS QUEREMOS FORMAR?; QUE VALORES VAMOS PRIORIZAR?; COM QUE RECURSOS IREMOS CONTAR?
O Projeto Político Pedagógico não deve somente formular objetivos/metas e promover a participação da comunidade educativa mas, que funcione como um guia para a melhoria das escolas e a formação dos professores, baseando-se em questionamento sobre o seu conhecimento da prática. Para a melhoria da escola, e esta, por sua vez, à mudança educativa.
O PPP deve ter participação democrática mediante a discussão de propostas e a votação sobre as normas para o funcionamento da escola.
Os PPP devem ser implantados no dia-a-dia e, deve-se participar efetivamente nas mudanças necessárias. E, deve ser executados por aqueles que, de alguma forma, envolvem-se em sua produção.
O PPP não pode ser imposto nem pode ser ditado por instâncias políticas, e sim deve ser construído pelos professores,junto à comunidade,para poderem escrever s sua própria história. A escola não pode ser “propriedade” dos professores, mas deve incluir toda a comunidade educativa no seu funcionamento e no planejamento de suas metas de melhoria.
“Projeto Educativo não é algo que se coloca como um a mais para escola, pelo contrário, é uma metodologia de trabalho que possibilita re-significar a ações de todos os agentes da Escola.”(Celso Vasconcelos)
Didática é uma ciência cujo objetivo fundamental é ocupar-se das estratégias de ensino, das questões práticas relativas á metodologia e das estratégias de aprendizagem. Sua busca de cientificidade se apóia em posturas filosóficas como o funcionalismo, o positivismo, assim como no formalismo e o idealismo.
Sintetizando, poderíamos dizer que ela funciona como o elemento transformador da teoria na prática.
Currículo: A tendência atual considera imprescindível uma integração entre currículo e didática; os estudos curriculares tendem a aspectos mais globais, expondo como se realiza a seleção e organização do conhecimento e como esse processo de seleção não é neutro, favorecendo a certos grupos frente a outros.
O enfoque curricular há de ampliar o “que”,o “porque”,o “para que” e em que condições há que levar-se a cabo o ensino, mas, sempre colocando no centro de suas considerações o aluno. Para que estes conteúdos curriculares cumpram seu objetivo é necessária uma adequada seleção e uso acertado das melhores estratégias didáticas, que não poderão ser independentes do conteúdo, dos objetivos e nem do contexto(da sua realidade).É importante para alcançar as metas pretendidas uma estreita colaboração entre a elaboração do currículo e a escolha da estratégias didáticas.

O que é educação?

Segundo KANT, "o fim da educação é desenvolver em cada indivíduo, toda a perfeição de que ele seja capaz." Mas, que se deve entender pelo termo perfeição? Acredito que educação, no mais amplo sentido,é constante , é a busca da perfeição. Mas esta perfeição é pessoal,individual,conforme as vivências sociais, oportunidades, anseios e possibilidades de cada um, levando-se em conta o momento, as necessidades que cada indivíduo tem em cada situação de sua vida.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

REFLEXÃO SOBRE A SEMANA DE 21 A 25 DE JUNHO

Uma atividade com música me deixou bastante satisfeita, pois pude melhor avaliar meus alunos quanto a escrita.A atividade foi a seguinte: Cantamos 3 canções do folclore junino: Cai, cai balão; Capelinha de Melão; O balão vai subindo. Então, após ensaios, eu propus aos alunos que escrevessem uma das cantigas e desenhassem. Foi uma forma de avaliação bem tranquila; mais uma vez pude comprovar a importância da variação de gêneros, onde a metodologia se torna mais dinâmica, onde a aprendizagem flui com mais prazer e comprova que com canções se torna muito agradável a forma de aprender. Conforme texto retirado da revista: Nova Escola -p.49- Ano XXIV - Nº 224 - Agosto 2009:

" Os especialistas dizem que os gêneros são, na verdade, uma "condição didática para trabalhar com os comportamentos leitores e escritores". A sutileza - importantíssima - é que eles devem estar a serviço dos verdadeiros Conteúdos os chamados "comportamentos leitores e escritores" (ler para estudar, encontrar uma informação específica, tomar notas, organizar entrevistas, elaborar resumos, sublinhar as informações mais relevantes, comparar dados entre os textos e, claro, enfrentar os desafios de escrevê-los.)". "Cabe ao professor possibilitar que os alunos pratiquem esses comportamentos, utilizando textos de diferentes gêneros", afirma Beatriz Gouveia, coordenadora do Programa Além das Letras, do Instituto Avisa Lá, em São Paulo."

sexta-feira, 18 de junho de 2010

É preciso saber viver!

REFLEXÃO SOBRE A SEMANA DE 14 A 18 DE JUNHO.
Nesta semana uma descoberta foi bastante agradável: o quanto os meus alunos se respeitam entre si. Acredito que o trabalho em grupo, que proponho sempre, em muito contribui para esta socialização. Eles sabem da importância do coletivo, são generosos e se respeitam. Esta comprovação foi maior durante a participação dos joguinhos que propus, o bingo de palavras. Eram duplas, então, a dupla que ganhava, teria que fazer a prova do par ou ímpar, para ver quem levava uma pequena lembrança. Os alunos que ganhavam repartiram o prêmio ao invés de ficarem só para si os "méritos". Partiu deles esta proposta, que considero importante para o desenvolvimento moral de meus alunos.
Nós, professores, precisamos colaborar no processo de desenvolvimento dos alunos, tanto no ponto de vista moral como racional. E para Piaget (1994) "...o adulto deve ser um colaborador e não um mestre, do duplo ponto de vista moral e racional (...) realizemos na escola um meio tal que a experimentação individual e a reflexão em comum se chamem uma a outra e se equilibrem.” (p.300)

sábado, 12 de junho de 2010

REFLEXÕES SOBRE A SEMANA DE 31 DE MAIO A 2 DE JUNHO

O centro de interesse de meus alunos se voltou para os animais, isto devido, principalmente, a volta que damos pelas redondezas da escola, onde os alunos tiveram a emoção triste de verem tantos animaizinhos soltos e, sem cuidados, a indignação foi grande e, na sala o debate surgiu em torno dos cuidados que devemos ter com os animais. Muitos dos trabalhos de meus alunos precisam ser divulgados para que a interlocução aconteça de forma mais ampla e, que meus alunos, individualmente, ou no coletivo, possam se sentirem "autores" do conhecimento. Então estarei esta semana com o propósito de fazermos um blog para a nossa turma; no qual os trabalhos tão significativos para todos irão ser expostos para um contigente maior de pessoas verem o quanto os meus alunos são realmente criativos e capazes. OBSERVAÇÃO: O blog estará para ser feito em nome de toda nossa escola, então, esperaremos até o dia da entrega dos boletins (01/06/10) para pedirmos as autorizações dos pais dos alunos, na divugação de imagens, para ser possível a formação do BLOG. Aguardamos com muitos trabalhos para serem divulgados, vai ser muito legal. Repito, O INTERESSE DE MEUS ALUNOS voltou-se para ANIMAIS, então, surgem dúvidas e certezas sobre este amplo tema em que, muito a pesquisa (busca de conhecimentos), as experiências com os bichinhos de estimação (conhecimentos prévios) vão sendo relatadas, formando um tema amplo e que, com certeza, levaremos mais tempo para construir conhecimentos.
Conforme : Iris Elisabeth Tempel Costa e Beatriz Corso Magdalena nos deixam no Artigo: Revisitando os Projetos de Aprendizagem, em tempos de web 2.0:
" O trabalho com PA é assim entendido como um processo complexo de indas e vindas entre o que eu penso que sei: o que me falta saber; o quê e onde buscar; que informações são importantes e o que elas ,e dizem: corroboram o que eu pensava saber, contradizem o que eu sabia, apontam novos aspectos nos quais eu não havia pensado, geram novas perguntas? ..."
Meus alunos estão fazendo muitas perguntas e, em muito querem ir ao computador para pesquisa,

domingo, 30 de maio de 2010

Reflexões da semana (24 a 28 de maio)

Nesta semana fizemos alguns trabalhos utilizando o livro didático, numa perspectiva de aproveitamento deste recurso didático, para possível ampliação de conhecimentos, onde a leitura e interpretação fizeram parte, através deste recurso, do aprendizado.
O PA que iniciou com o tema : a natureza; tomou rumo para um tema gerador mais interessante para eles e, de importância também no currículo: Os animais e suas características. Afirmo que foi essencial a pesquisa e, após mais atividades variadas a este tema gerador assim, os alunos gostaram de participar das aulas no laboratório de informática, onde encontraram sites relacionados a este tema, também resolveram atividades em sala de aula com muito interesse e esforço. A semana foi muito proveitosa e despertou muitas curiosidades e, repito a pesquisa muito contribuiu para a construção de conhecimentos dos meus alunos. Houve também, muitos relatos da vivência deles com animais de estimação.
Isto me fez lembrar Paulo Freire, o mentor e, que propôs um método ativo, dialógico e crítico fazendo uma modificação no conteúdo programático de educação levando em conta a realidade vivenciada pelo aluno, onde o diálogo entre professor e alunos predomina, problematizando o conteúdo que os une.
O que tem significado ao educando gera uma expectativa e, assim pode ocorrer de forma prazerosa a aprendizagem.
Ao aprender o aluno tem a possibilidade de desfrutar maiores visões do mundo, assim, também com as suas expectativas e o processo que o tema gerador trás, haverá uma forma significativa da sua aprendizagem, numa possível transformação social.
O conhecimento a ser trabalhado na escola deve ser democrático, competente e culturalmente significativo, comprometendo-se com a transformação social. E, para a construção deste modelo de educação libertadora precisamos de temas geradores que sejam interessantes para os nossos alunos.
Acredito que este tema está causando muitas "interrogações" para os meus alunos e, eles estão em busca de respostas, por eles mesmos, é uma forma de eles serem mais autônomos, construindo o próprio conhecimento.
“Simplesmente, não podemos chegar aos operários, urbanos ou camponeses, estes, de modo geral, imersos num contexto colonial quase umbilicalmente ligados ao mundo da natureza de que se sentem mais partes que transformadores, para, à maneira da concepção "bancária", entregar-lhes "conhecimento" ou impor-lhes um modelo de bom homem, contido no programa cujo conteúdo nós mesmos organizamos.” (Freire – Pedagogia do Oprimido)
Muito interessante também, foi a trilha ecológica que os alunos fizeram em grupos de 4, onde o que aprendemos na semana passada foi revisto através de um jogo, confeccionado por eles mesmos e, após trocaram entre eles e jogaram, assim conheceram o trabalho do colega, numa interlocução mais ampla, sabendo valorizar os trabalhos feitos pelos outros, foi muito legal.

domingo, 23 de maio de 2010

Relexões sobre a semana de 17 a 21 de maio

Na semana que passou aconteceu muitos imprevistos: o dia do conselho de classe foi modificado, a chuva atrapalhou nossa volta pela redondeza da escola e, na sexta, devido a falta da internet, faltou, nós não pudemos fazer a pesquisa. Então, tive que adiar o planejamento. Os alunos, na sexta, terminaram os textos no World, sobre o vídeo que eles viram na quarta-feira.
Um interesse está "brotando" entre os meus alunos, são assuntos relativos aos animais. Desde que foi feito a volta pelas redondezas da escola, muitos alunos se sensibilizaram com os animais soltos e, o quanto a sujeira próximo ao arroio está dificultando o habitat dos bichinhos. Como vimos três cavalos, um aluno comentou: ___ Professora, o lixo está atrapalhando até os animais, não tem grama para comer, o lixão toma conta!
Em sala de aula eles conversaram sobre os animais, contaram histórias dos bichos de estimação que eles têm.
Para a semana que vem estamos mais interessados no tema gerador; os animais e suas características. Estamos mudando o eixo, então, li sobre Arquiteturas Pedagógicas e achei um pressuposto bem a "altura" para dar um segmento às aulas.
"O caráter dessas arquiteturas pedagógicas é pensar a aprendizagem como um trabalho artesanal, construído na vivência de experiências e na demanda de ação, interação e meta-reflexão do sujeito sobre os fatos, os objetos e o meio ambiente socioecológico (Kerckhove, 2003). Seus pressupostos curriculares compreendem pedagogias abertas capazes de acolher didáticas flexíveis, maleáveis, adaptáveis a diferentes enfoques temáticos." ( Arquiteturas pedagógicas para a educação a distância* - Capítulo 2, p. 39 - Carvalho, Marie Jane Soares; Nevado, Rosane Aragon e Menezes, Crediné Silva de)

domingo, 16 de maio de 2010

Nesta curta semana propus a eles que escrevessem sobre curiosidades que eles têm, então fizeram uma pergunta, individualmente, e as perguntas foram:
Por que o cabelo cresce?
Por que os homens estão destruindo a natureza e, quais os maiores problemas?
Por que minha mãe é surda? (Aluno tem uma mãe que é surda)
Por que aqui não neva?
Por que usamos óculos?
Por que a lua é branca?
Por que a Terra gira e nós não sentimos?
As pessoas morrem e podem voltar?
Por que as unhas crescem?
Esta atividade de pergunta foi induzida através da canção que estamos ensaiando, chamada: OITO ANOS - de PAULA TOLLER.
Finalmente, após debates, escolheram a primeira pergunta acima citada, para fazermos futuros estudos. Acredito que o motivo principal foi devido ao lixão que está quase em frente a nossa escola, onde as pessoas estão jogando livremente o lixo na calçada e, a rua está com problemas no tráfego, sem contar com a sujeira e o cheiro que atrapalha a todos.
Na próxima semana estaremos levantando as certezas e as dúvidas que temos em relação ao tema, após iniciaremos nossos estudos.
Na teoria do conhecimento de Piaget o sujeito não é alguém que espera que o conhecimento seja transmitido a ele por um ato de benevolência. É o sujeito que aprende através de suas próprias ações sobre os objetos do mundo. É ele, enquanto sujeito autônomo, que constrói suas próprias categorias de pensamento ao mesmo tempo que organiza seu mundo.
" Além do conteúdo propriamente dito de cada projeto, conta muito o processo de elaboração, execução e avaliação do mesmo. A justificativa dos conteúdos disciplinares a serem estudados deve fundar-se em elementos mais significativos para os estudantes, e nada é mais adequado para isso do que a referência aos projetos de vida de cada um deles, integrados simbioticamente em sua realização aos projetos pedagógicos das unidades escolares." (MACHADO, 1997, apud FLECK, Dorival. Membro do Conselho Estadual de Educação _ RS)
Na prática, elaborar um projeto é o mesmo que elaborar um plano para realizar determinada idéia. Em verdade, tem a ver com a realidade em curso e com a utopia possível, realizável, concreta. Para a semana que vem escreverei em meus planejamentos diários a elaboração de idéias que pretendo colocar em prática durante o desenvolver deste projeto, que tem como tema gerador: A natureza e os danos causados pelo Homem.

Reflexões sobre a semana de 3 a 7 de abril

Como eu propus, na reflexão para a semana, estaria direcionando mais minha atenção para os dois alunos que apresentam dificuldades na alfabetização, então apliquei testes de nível, observando escrita dos mesmos, de forma mais individual e, segui orientações, conforme explicações no texto: Síntese do Livro "Psicogênese da Língua Escrita" que foi produzido por Jaqueline Picett. Então, fiz uma análise da escrita dos alunos observando, os aspectos formais do grafismo e sua interpretação: letras, números e sinais de pontuação: se havia quantidade suficiente de letras e se havia variedade de caracteres, se sabiam reconhecer e nomear as letras, os números, distinção entre as letras e números e sinais de pontuação, leitura de palavras com e sem desenho, de pequenos textos/interpretação). Conclui que os alunos estão no nível silábico e, já estou aplicando tarefas extras para serem feitas, bem como conversarei novamente com a professora de reforço, isto sem deixar de auxiliá-los em atendimento mais individual, em

Reflexão sobre a semana de 26 a 30 de abril

REFLEXÕES SOBRE A SEMANA DE 26 A 30 DE ABRIL.

Nesta semana que passou foi muito proveitoso a volta pelas redondezas do bairro - posto de saúde - para conhecermos melhor nossa realidade, assim estaremos mais inseridos, mais participantes e curiosos (fizeram muitos registros e um texto coletivo foi feito) sobre o que nos cerca e, para compreendermos que a educação é uma forma de intervenção no mundo. Foi uma experiência, uma saída de campo, onde os alunos registraram o que viram, as curiosidades. Estamos aprendendo de forma mais curiosa; o que nosso bairro nos oferece??
" O exercício da curiosidade convoca a imaginação, a intuição, as emoções, a capacidade de conjecturar, de comparar, na busca da perfilização do objeto ou do achado de sua razão de ser...Satisfeita uma curiosiadade, a capacidade de inquietar-me e buscar continua em pé. Não haveria existência humana sem a abertura de nosso ser ao mundo, sem a transitividade de nossa consciência..." (Pedagogia da Autonomia - Freire, Paulo, p.88).
Mais uma vez o construtivismo esteve presente. O construtivismo, para mim, é saber que o conhecimento não vem somente na bagagem hereditária (concepção apriorista) ou observado, ou adquirido, ou aprendido (concepção empirista). O conhecimento, na verdade, é uma construção para a qual concorre tanto a bagagem hereditária, quanto o meio, mas, que se concretize na ação do sujeito. Minhas aulas estão sendo direcionadas neste sentido.

Reflexões da semana de19 a 23 de abril

Ao pedir que escrevessem um bilhete para mim, primeira atividade proposta de segunda passada, foi muito bom pois, meus alunos gostam de "falar" de si mesmos, achei muito proveitoso também a outra atividade de produção textual, da sexta-feira, onde eles relatam seus conhecimentos sobre a importância dos cuidados relativos à higiene alimentar e, outra produção sobre a importância da higiene do corpo; eles estão bem informados e, conseguem expressar o que sabem com clareza e numa escrita com nível ortográfico; lembro-me com frequência de avaliar os níveis de escrita de meus alunos, "saudando" desde já os conhecimentos que obtive com Ana Teberoski e Emília Ferreiro:
"(...) tinha como objetivo explorar os conhecimentos da criança no que se referia às atividades de leitura e escrita. Foram justamente a modalidade interrogatório e a flexibilidade da situação experimental que nos permitiram encontrar realmente respostas realmente originais(...) e ao mesmo tempo elaborar hipóteses adequadas para compreender seu significado". (p.35) - PICETTI IN TEBEROSKI e FERREIRO: Psicogênese da Língua Escrita, 1988.
Também teremos um momento na semana para lermos, no canto da leitura, livremente o que quiserem.

Reflexões sobre a semana de 12 a 16 de abril

Saída pelas redondezas para reconhecer o bairro, leituras diversas sobre os costumes de vida dos índios. Utilização da Internet como suporte, para obtermos mais informações. Foi uma semana onde buscamos obter muitas informações sobre o meio que vivemos (realidade) e, buscamos conhecer, o “novo”, outra realidade e, estamos, na próxima semana, a fazer comparações sobre nossas vivências e meio com a cultura de outras pessoas (índios). Preocupo-me em realizar atividades numa busca de inserção de meu aluno ao meio, é o letramento posto em prática. Não estou centrada apenas em ensinar a ler e a escrever, mas também e, sobretudo, levar meus alunos a utilizarem a leitura e a escrita, envolvendo-se em práticas sociais dessas. Segundo Magda Soares:
“...aprender a ler e escrever significa adquirir uma tecnologia, a de codificar em língua escrita e decodificar a língua escrita; (...) um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado; alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever; já o indivíduo letrado, o indivíduo que vive em estado de letramento, é não só aquele que sabe ler e escrever, mas aquele que usa socialmente a leitura e a escrita, pratica a leitura e a escrita, responde adequadamente às demandas sociais de leitura e escrita." (p.39 e 40) - Síntese dos dois primeiros capítulos (O que é Letramento? E o que é letramento e Alfabetização) do livro: SOARES, Magda. Letramento: um termo em três gêneros: Autêntica; Belo Horizonte, 2001.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Meu Objetivo Pessoal

O processo de planejamento deve ser flexível, reflexivo, diário e participativo. Que contemple um currículo prático, com sentido e adequado à realidade. Onde a avaliação do processo seja contúnua e aprticipativa por todos os envolvidos. A relação professor aluno presisa ser baseada no respeito, confiança, amizade e afetividade; e o espaço lúdico seja orientado e repleto de alegrias. Proponho minhas aulas numa concepção epistemológica sócio interacionista, na qual o sujeito e o objeto não são estruturas separadas, mas constituem uma só estrutura numa recíproca, onde o sujeito constrói interagindo com o meio. Acredito que o aluno constrói conhecimento agindo e problematizando sua ação num processo dialético. O professor ensina e aprende, o aluno aprende e ensina.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

MEU ESTÀGIO

Aqui estou eu, em estágio pela UFRGS,... Que para mim já começou no primeiro dia de aula deste ano.Estou estagiando com uma turma de 3º ANO, são umas crianças muito especiais para mim, é um grupo muito bom e, dos 20 alunos, apenas 2 não estão acompanhando conforme o esperado. A dificuldade maior destes está na área de linguagem, ou seja, na escrita, leitura e interpretação. Neste ano estou argumentando a importância do lúdico na aprendizagem e, as minhas aulas estão cada vez mais voltadas numa dinâmica, onde os joguinhos fazem parte do dia a dia de estudos de meus alunos, onde eles, também confeccionam os jogos, é o aprender com prazer sendo colocado em prática; estou me realizando pessoalmente, muito mesmo. Estar em sala de aula, desta forma é um desafio divertido e construtivo; meus alunos, acredito que também estão felizes.

Prática e Teoria se misturam

Na semana do dia 12 a 16 de abril, um fato me deixou contente; Como estivemos (eu e meus alunos) fazendo muitos joguinhos do alfabeto móvel e recortes de gravuras diversas; então aproveitei, em casa e, fiz os jogos das letras faltando / com os desenhos ao lado; então deixei disponível no "canto dos jogos" os mesmos, são em torno do 30 cartelas com 4 desenhos em cada, para colocar as letras (alfabeto móvel) que estão demarcadas com um traço. Um aluno que está com dificuldade na escrita e leitura me perguntou?__ Professora, eu quero levar estes jogos para casa e, te trago amanhã, posso?Disse que podia levar, então ele está levando quase todos os dias e, segundo ele...estudando. Agora, nesta semana ele já vai levar as pequenas histórias que já lemos e, estão em forma do lúdico; que são cartelas com uma gravura, a parte da história e, contém um parágrafo para eles ordenar palavras. Por si só ele já está querendo outro desafio, é uma construção, quem sabe as etapas estão sendo alcançadas e, pelo que "investigo" há capacidade assim de sair da etapa de nível silábico para alfabético.Na síntese do livro"Psicogênese da Língua Escrita" - Picetti, Jaqueline Santos; me detive neste parágrafo, que me chamou a atenção:"O progresso no conhecimento ocorre através de um conflito cognitivo, isto é, quando na presença de um conhecimento (objeto) não assimilável o sujeito sente-se forçado a modificar os seus esquemas assimiladores. O sujeito necessita realizar um esforço de acomodação que tenda a incorporar o que resultava inassimilável. ..."

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A web 2.0 talvez seja o elemento mais desejado e menos utilizado no processo de aprendizagem, e os motivos são claros: os recursos financeiros são mínimos e os recursos pessoais são insuficientes, além de ser bastante distante da realidade do professor o hábito de trabalhar com internet em sala de aula, entretanto é possível elencar alguns aspectos desse elemento como os sites de pesquisa, sites pedagógicos, sites de relacionamento que possibilitam intercambio a qualquer hora, páginas como wikis, blogs, além de e-mail, twitter e programas de mensagem instantâneas como MSN. Em muito a Web 2.0 contribui para a dinâmica do

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Arquiteturas Pedagógicas o Espaço virtual mais Moderno

Características das Arquiteturas Pedagógicas (estruturas de aprendizagem): essas se moldam aos ritmos impostos pelo sujeito que aprende (a interconexão entre os sujeitos com tempos múltiplos substitui a unidade de tempo); o conhecimento da escola e da sala de aula deixam de ser o \"locus\" de aprendizagem esclusivo (unidade de lugar é a sincronização); propõem fontes diversas advindas da internet, dos pensadores, dos textos, das comunidades locais e virtuais e, novas fontes impõem novos modos de conhecer e novas formas de pensar, pensamento e aprendizagem que se constrói em rede ((novas formas de escrita e leitura coletiva: hipertextos e hipermídias amalgamados); o currículo perde seu caráter seriado e disciplinar, não se deixando de lado a especificidade disciplinar, mas este se amplia pelo diálogo, que é necessário entre as áreas para formar qualquer conhecimento, as arquiteturas pressupõem aprendizes protagonistas.E, a WEB 2.0 ampliou muito o espaço, é a era das interlocuções mais amplas.
WEB2.0 É a utilização da rede mundial de computadores como espaço de interação entre as pessoas, que pode ser através de Wikis, Blogs, aplicações baseadas em redes sociais e folksonomia.

Currículo e Interdisciplinaridade

Quando estimulamos a pesquisa coletiva através dos PAs, por exemplo, estamos possibilitando que nossos alunos construam conhecimentos matemáticos através da leitura de um texto informativo, ao mesmo tempo que constroem estratégias de interpretação e de produção escrita e, possivelmente, estejam descobrindo um rol de informações científicas que poderão ser organizadas, sistemaitizadas e se transformarem em aprendizagens significativas e transformadoras. Trabalhar interdisciplinarmente vai além da utilização da temática escolhida para compor atividades didáticas de várias disciplinas. Interdisciplinaridade propõe a possibilidade de interagir sobre o objeto de estudo, olhando-o e anallisando-o em todos os seus aspectos, abordando todos os seus ângulos e todas as dimensões. Fazemos isso quando propomos um PA, desde que nos coloquemos também no lugar de pesquisadores e estejamos dispostos a transgredir no que tange aos currículos, à avaliação ou qualquer outro aspecto que envolve a escola tradicional. É preciso repensar os currículos que nos deixam estagnados e "aéreos" em contraste com os interesse dos nossos alunos e necessidades da realidade dos mesmos.

O que é Arquitetura Pedagógica?

O elemento que define as arquiteturas pedagógicas é a combinação do aparato técnico com a visão pedagógica. Ainda há inúmeros programas destinados à área educacional (materiais mais sofisticados do ponto de vista tecnológico), porém suas fronteiras sobre o pedagógico encerram-se nos limites de concepções de ensino e não especificamente de aprendizagem. Então, a aprendizagem em rede necessita de expressão em práticas pedagógicas, entre outras palavras, não poderá deixar de lado as ações que possam traduzir as idéias (teorias) em práticas. É importante, como citado acima, a combinação do aparato técnico com a visão pedagógica e, no texto há claras explicações ao ler: arquiteturas pedagógicas – pressupostos (pedagogia da incerteza tomando por base as idéias construtivistas de Piaget e a pedagogia da pergunta da pergunta de Freire) e arquiteturas pedagógicas – exemplo e suporte telemático. É preciso, antes de tudo, haver programas e estratégias educacionais pensados como ferramentas didáticas com sustentação em teorias curriculares interdisciplinares. As arquiteturas pedagógicas têm como frente o desafio de educar para a incerteza, partindo do pressuposto que o conhecimento não está assentado nas certezas, mas sim nasce do movimento, da incerteza.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

ARQUITETURAS PEDAGÓGICAS

Teoria de aprendizagem com recursos tecnológicos, uma possibilidade do trabalho participativo. Tudo isto está sendo possível. São as novas idéias de como conceber e como viabilizar um novo modelo educacional, que será suportado pela tecnologia. Eis um desafio a ser encarado, me lembrando assim da importância do conhecimento: são as ricas propostas das arquiteturas pedagógicas sendo colocadas em evidência, assim entendi a idéia central texto: arquiteturas pedagógicas para educação à distância. Pressupostos pedagógicos concebidos para mediação da aprendizagem buscarão dar suporte a novas concepções educacionais e, estas propostas são: arquitetura de projetos de aprendizagem; arquitetura de estudos de caso ou resolução de problemas; arquitetura de aprendizagem incidente e arquitetura de ação simulada.

ARQUITETURA PEDAGÓGICA DE PROJETO

ARQUITETURA DE PROJETOS DE APRENDIZAGEM

DESCRIÇÃO: Desenvolvimento de um trabalho originado nos sistemas de significação dos sujeitos ou grupos e em suas necessidades cognitivas de responder a determinados desafios.
Primeiro passo: “A curiosidade” (Questão de Investigação), após Inventário dos Conhecimentos sobre a Questão ( Dúvidas e Certezas), após Processo de Investigação e Esclarecimento das Dúvidas e validação das Certezas (Busca e Seleção de Informações), após Escolha dos Procedimentos de Testagem ( a Proposição de Alternativas de Soluções) e Organização e Comunicação dos resultados (para desenvolver seu projeto o estudante ou grupo, necessita fazer “trocas” entre outros estudantes e ir publicando seus progressos).

QUAL A IMPORTÂNCIA DESTA ARQUITETURA PARA APRENDIZAGEM? Os ganhos com os Projetos de Aprendizagem é espontaneidade pela contribuição dos demais estudantes e outros interessados, o (s) estudante (s) discute e toma decisões sobre o andamento do projeto; tornando-se produtor de conhecimento e integrando-se a uma rede de autores.O estudante torna-se produtor de conhecimento, ao invés de um mero consumidor.
Compete aos professores acompanhar o trabalho dos alunos, analisar o progresso, fornecer feedback que facilitam a correção de rumos ou a superação de dificuldades.

OBSERVAÇÕES, CRÍTICAS OU SUGESTÕES PARA QUEM FOR TRABALHAR COM PROJETO DE APRENDIZAGEM
Para desenvolver seu projeto o estudante (ou o grupo) necessita publicar seus progressos, isto pode ser feito através de um site do projeto na internet; utilização de ambientes de autoria específicos, ambientes virtuais de aprendizagem, que , com o surgimento da web 2.0, ganhou novos contornos e possibilidades.