domingo, 30 de maio de 2010

Reflexões da semana (24 a 28 de maio)

Nesta semana fizemos alguns trabalhos utilizando o livro didático, numa perspectiva de aproveitamento deste recurso didático, para possível ampliação de conhecimentos, onde a leitura e interpretação fizeram parte, através deste recurso, do aprendizado.
O PA que iniciou com o tema : a natureza; tomou rumo para um tema gerador mais interessante para eles e, de importância também no currículo: Os animais e suas características. Afirmo que foi essencial a pesquisa e, após mais atividades variadas a este tema gerador assim, os alunos gostaram de participar das aulas no laboratório de informática, onde encontraram sites relacionados a este tema, também resolveram atividades em sala de aula com muito interesse e esforço. A semana foi muito proveitosa e despertou muitas curiosidades e, repito a pesquisa muito contribuiu para a construção de conhecimentos dos meus alunos. Houve também, muitos relatos da vivência deles com animais de estimação.
Isto me fez lembrar Paulo Freire, o mentor e, que propôs um método ativo, dialógico e crítico fazendo uma modificação no conteúdo programático de educação levando em conta a realidade vivenciada pelo aluno, onde o diálogo entre professor e alunos predomina, problematizando o conteúdo que os une.
O que tem significado ao educando gera uma expectativa e, assim pode ocorrer de forma prazerosa a aprendizagem.
Ao aprender o aluno tem a possibilidade de desfrutar maiores visões do mundo, assim, também com as suas expectativas e o processo que o tema gerador trás, haverá uma forma significativa da sua aprendizagem, numa possível transformação social.
O conhecimento a ser trabalhado na escola deve ser democrático, competente e culturalmente significativo, comprometendo-se com a transformação social. E, para a construção deste modelo de educação libertadora precisamos de temas geradores que sejam interessantes para os nossos alunos.
Acredito que este tema está causando muitas "interrogações" para os meus alunos e, eles estão em busca de respostas, por eles mesmos, é uma forma de eles serem mais autônomos, construindo o próprio conhecimento.
“Simplesmente, não podemos chegar aos operários, urbanos ou camponeses, estes, de modo geral, imersos num contexto colonial quase umbilicalmente ligados ao mundo da natureza de que se sentem mais partes que transformadores, para, à maneira da concepção "bancária", entregar-lhes "conhecimento" ou impor-lhes um modelo de bom homem, contido no programa cujo conteúdo nós mesmos organizamos.” (Freire – Pedagogia do Oprimido)
Muito interessante também, foi a trilha ecológica que os alunos fizeram em grupos de 4, onde o que aprendemos na semana passada foi revisto através de um jogo, confeccionado por eles mesmos e, após trocaram entre eles e jogaram, assim conheceram o trabalho do colega, numa interlocução mais ampla, sabendo valorizar os trabalhos feitos pelos outros, foi muito legal.

domingo, 23 de maio de 2010

Relexões sobre a semana de 17 a 21 de maio

Na semana que passou aconteceu muitos imprevistos: o dia do conselho de classe foi modificado, a chuva atrapalhou nossa volta pela redondeza da escola e, na sexta, devido a falta da internet, faltou, nós não pudemos fazer a pesquisa. Então, tive que adiar o planejamento. Os alunos, na sexta, terminaram os textos no World, sobre o vídeo que eles viram na quarta-feira.
Um interesse está "brotando" entre os meus alunos, são assuntos relativos aos animais. Desde que foi feito a volta pelas redondezas da escola, muitos alunos se sensibilizaram com os animais soltos e, o quanto a sujeira próximo ao arroio está dificultando o habitat dos bichinhos. Como vimos três cavalos, um aluno comentou: ___ Professora, o lixo está atrapalhando até os animais, não tem grama para comer, o lixão toma conta!
Em sala de aula eles conversaram sobre os animais, contaram histórias dos bichos de estimação que eles têm.
Para a semana que vem estamos mais interessados no tema gerador; os animais e suas características. Estamos mudando o eixo, então, li sobre Arquiteturas Pedagógicas e achei um pressuposto bem a "altura" para dar um segmento às aulas.
"O caráter dessas arquiteturas pedagógicas é pensar a aprendizagem como um trabalho artesanal, construído na vivência de experiências e na demanda de ação, interação e meta-reflexão do sujeito sobre os fatos, os objetos e o meio ambiente socioecológico (Kerckhove, 2003). Seus pressupostos curriculares compreendem pedagogias abertas capazes de acolher didáticas flexíveis, maleáveis, adaptáveis a diferentes enfoques temáticos." ( Arquiteturas pedagógicas para a educação a distância* - Capítulo 2, p. 39 - Carvalho, Marie Jane Soares; Nevado, Rosane Aragon e Menezes, Crediné Silva de)

domingo, 16 de maio de 2010

Nesta curta semana propus a eles que escrevessem sobre curiosidades que eles têm, então fizeram uma pergunta, individualmente, e as perguntas foram:
Por que o cabelo cresce?
Por que os homens estão destruindo a natureza e, quais os maiores problemas?
Por que minha mãe é surda? (Aluno tem uma mãe que é surda)
Por que aqui não neva?
Por que usamos óculos?
Por que a lua é branca?
Por que a Terra gira e nós não sentimos?
As pessoas morrem e podem voltar?
Por que as unhas crescem?
Esta atividade de pergunta foi induzida através da canção que estamos ensaiando, chamada: OITO ANOS - de PAULA TOLLER.
Finalmente, após debates, escolheram a primeira pergunta acima citada, para fazermos futuros estudos. Acredito que o motivo principal foi devido ao lixão que está quase em frente a nossa escola, onde as pessoas estão jogando livremente o lixo na calçada e, a rua está com problemas no tráfego, sem contar com a sujeira e o cheiro que atrapalha a todos.
Na próxima semana estaremos levantando as certezas e as dúvidas que temos em relação ao tema, após iniciaremos nossos estudos.
Na teoria do conhecimento de Piaget o sujeito não é alguém que espera que o conhecimento seja transmitido a ele por um ato de benevolência. É o sujeito que aprende através de suas próprias ações sobre os objetos do mundo. É ele, enquanto sujeito autônomo, que constrói suas próprias categorias de pensamento ao mesmo tempo que organiza seu mundo.
" Além do conteúdo propriamente dito de cada projeto, conta muito o processo de elaboração, execução e avaliação do mesmo. A justificativa dos conteúdos disciplinares a serem estudados deve fundar-se em elementos mais significativos para os estudantes, e nada é mais adequado para isso do que a referência aos projetos de vida de cada um deles, integrados simbioticamente em sua realização aos projetos pedagógicos das unidades escolares." (MACHADO, 1997, apud FLECK, Dorival. Membro do Conselho Estadual de Educação _ RS)
Na prática, elaborar um projeto é o mesmo que elaborar um plano para realizar determinada idéia. Em verdade, tem a ver com a realidade em curso e com a utopia possível, realizável, concreta. Para a semana que vem escreverei em meus planejamentos diários a elaboração de idéias que pretendo colocar em prática durante o desenvolver deste projeto, que tem como tema gerador: A natureza e os danos causados pelo Homem.

Reflexões sobre a semana de 3 a 7 de abril

Como eu propus, na reflexão para a semana, estaria direcionando mais minha atenção para os dois alunos que apresentam dificuldades na alfabetização, então apliquei testes de nível, observando escrita dos mesmos, de forma mais individual e, segui orientações, conforme explicações no texto: Síntese do Livro "Psicogênese da Língua Escrita" que foi produzido por Jaqueline Picett. Então, fiz uma análise da escrita dos alunos observando, os aspectos formais do grafismo e sua interpretação: letras, números e sinais de pontuação: se havia quantidade suficiente de letras e se havia variedade de caracteres, se sabiam reconhecer e nomear as letras, os números, distinção entre as letras e números e sinais de pontuação, leitura de palavras com e sem desenho, de pequenos textos/interpretação). Conclui que os alunos estão no nível silábico e, já estou aplicando tarefas extras para serem feitas, bem como conversarei novamente com a professora de reforço, isto sem deixar de auxiliá-los em atendimento mais individual, em

Reflexão sobre a semana de 26 a 30 de abril

REFLEXÕES SOBRE A SEMANA DE 26 A 30 DE ABRIL.

Nesta semana que passou foi muito proveitoso a volta pelas redondezas do bairro - posto de saúde - para conhecermos melhor nossa realidade, assim estaremos mais inseridos, mais participantes e curiosos (fizeram muitos registros e um texto coletivo foi feito) sobre o que nos cerca e, para compreendermos que a educação é uma forma de intervenção no mundo. Foi uma experiência, uma saída de campo, onde os alunos registraram o que viram, as curiosidades. Estamos aprendendo de forma mais curiosa; o que nosso bairro nos oferece??
" O exercício da curiosidade convoca a imaginação, a intuição, as emoções, a capacidade de conjecturar, de comparar, na busca da perfilização do objeto ou do achado de sua razão de ser...Satisfeita uma curiosiadade, a capacidade de inquietar-me e buscar continua em pé. Não haveria existência humana sem a abertura de nosso ser ao mundo, sem a transitividade de nossa consciência..." (Pedagogia da Autonomia - Freire, Paulo, p.88).
Mais uma vez o construtivismo esteve presente. O construtivismo, para mim, é saber que o conhecimento não vem somente na bagagem hereditária (concepção apriorista) ou observado, ou adquirido, ou aprendido (concepção empirista). O conhecimento, na verdade, é uma construção para a qual concorre tanto a bagagem hereditária, quanto o meio, mas, que se concretize na ação do sujeito. Minhas aulas estão sendo direcionadas neste sentido.

Reflexões da semana de19 a 23 de abril

Ao pedir que escrevessem um bilhete para mim, primeira atividade proposta de segunda passada, foi muito bom pois, meus alunos gostam de "falar" de si mesmos, achei muito proveitoso também a outra atividade de produção textual, da sexta-feira, onde eles relatam seus conhecimentos sobre a importância dos cuidados relativos à higiene alimentar e, outra produção sobre a importância da higiene do corpo; eles estão bem informados e, conseguem expressar o que sabem com clareza e numa escrita com nível ortográfico; lembro-me com frequência de avaliar os níveis de escrita de meus alunos, "saudando" desde já os conhecimentos que obtive com Ana Teberoski e Emília Ferreiro:
"(...) tinha como objetivo explorar os conhecimentos da criança no que se referia às atividades de leitura e escrita. Foram justamente a modalidade interrogatório e a flexibilidade da situação experimental que nos permitiram encontrar realmente respostas realmente originais(...) e ao mesmo tempo elaborar hipóteses adequadas para compreender seu significado". (p.35) - PICETTI IN TEBEROSKI e FERREIRO: Psicogênese da Língua Escrita, 1988.
Também teremos um momento na semana para lermos, no canto da leitura, livremente o que quiserem.

Reflexões sobre a semana de 12 a 16 de abril

Saída pelas redondezas para reconhecer o bairro, leituras diversas sobre os costumes de vida dos índios. Utilização da Internet como suporte, para obtermos mais informações. Foi uma semana onde buscamos obter muitas informações sobre o meio que vivemos (realidade) e, buscamos conhecer, o “novo”, outra realidade e, estamos, na próxima semana, a fazer comparações sobre nossas vivências e meio com a cultura de outras pessoas (índios). Preocupo-me em realizar atividades numa busca de inserção de meu aluno ao meio, é o letramento posto em prática. Não estou centrada apenas em ensinar a ler e a escrever, mas também e, sobretudo, levar meus alunos a utilizarem a leitura e a escrita, envolvendo-se em práticas sociais dessas. Segundo Magda Soares:
“...aprender a ler e escrever significa adquirir uma tecnologia, a de codificar em língua escrita e decodificar a língua escrita; (...) um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado; alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever; já o indivíduo letrado, o indivíduo que vive em estado de letramento, é não só aquele que sabe ler e escrever, mas aquele que usa socialmente a leitura e a escrita, pratica a leitura e a escrita, responde adequadamente às demandas sociais de leitura e escrita." (p.39 e 40) - Síntese dos dois primeiros capítulos (O que é Letramento? E o que é letramento e Alfabetização) do livro: SOARES, Magda. Letramento: um termo em três gêneros: Autêntica; Belo Horizonte, 2001.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Meu Objetivo Pessoal

O processo de planejamento deve ser flexível, reflexivo, diário e participativo. Que contemple um currículo prático, com sentido e adequado à realidade. Onde a avaliação do processo seja contúnua e aprticipativa por todos os envolvidos. A relação professor aluno presisa ser baseada no respeito, confiança, amizade e afetividade; e o espaço lúdico seja orientado e repleto de alegrias. Proponho minhas aulas numa concepção epistemológica sócio interacionista, na qual o sujeito e o objeto não são estruturas separadas, mas constituem uma só estrutura numa recíproca, onde o sujeito constrói interagindo com o meio. Acredito que o aluno constrói conhecimento agindo e problematizando sua ação num processo dialético. O professor ensina e aprende, o aluno aprende e ensina.