quarta-feira, 21 de outubro de 2009

UMA VISÃO DA IMPORTÂNCIA DO CURRÍCULO INTEGRADO

A fragmentação dos processos de produção ( Taylorismo e Fordismo) e a cultura escolar assemelham-se muito, pois o fordismo traduz uma filosofia onde o menos importante são as necessidades e os interesses das pessoas, essas que tinham que atender apenas as atividades menos complexas, mais rotineiras e monótonas, sendo assim impossibilitadas de interagir e refletir.
Privando a classe trabalhadora sobre sua capacidade de autonomia, e decisão sobre o próprio processo de trabalho, sobre o produto as condições e o ambiente de trabalho.
Enquanto que as políticas e as práticas educacionais impediam a reflexão crítica sobre a realidade e a participação na vida comunitária. O que se aprendia nas salas de aula eram habilidades relacionadas com a obediência e a submissão a autoridade, e a um “currículo oculto” que “fugia” a liberdade individual e a transformação social.
As disciplinas escolares eram trabalhadas de forma alienatória , abstrata e isolada “tais quais as esteiras do fordismo”, importando somente as notas escolares, que representavam a mesma coisa que os salários dos operários e operárias. O produto e o processo de trabalho não valiam, somente sendo importante o resultado extrínseco, o salário ou as qualificações escolares.
Impreterivelmente, a cultura escolar tanto quanto as idéias do fordismo e taylorismo, promovendo para fins de “lucro” para as dominantes.
Há uma organização e reorganização do trabalho com os princípios de flexibilidade horizontal e vertical, e de multifuncionalidade, tudo em prol de oportunidade, qualidade e rentabilidade da empresa.
O toyotismo pode reduzir-se a uma espécie de taylorismo interiozado, onde para melhorar a produção, pode-se recorrer a estratégias como eliminar movimentos inúteis e padronizar e simplificar bastante os processos.
Sem esquecer que os modelos toyotistas se caracterizam pelo ocultação das hierarquias de poder, sendo assim, o que se aplica é a discussão dos meios e as formas de obter determinados produtos, mas os verdadeiros objetos ficam á margem da classe trabalhadora(difusos e ocultos)
Acredita-se que o fordismo não desapareceu, ao contrário, continua desenvolvendo-se e reformulando-se.
Há influências dos modelos empresariais nos sistemas educacionais e para compreender as reformas e as inovações educacionais é preciso desvelar as razões e discursos nos quais se baseiam as políticas de reforma educacional oriundas da Administração como as modas pedagógicas estão impregnadas de discursos, ideais e interesses gerados e compartilhados por outras esferas da vida econômica e social.
No sistema escolar a análise crítica dos conteúdos e finalidades dos níveis educacionais, não pode ser analisada, por professores e professoras e estudantes, mas sim, o âmbito que correspondem a dimensões metodológicas e de organização das instituições escolares.
Há uma falta de compromisso sério com as reformas educacionais e, o discurso da autonomia pode reduzir-se apenas a liberdade de escolha, de estratégias para obter os objetivos impostos pelas estruturas centrais do sistema educacional.
È preciso formar pessoas com capacidade de crítica e solidariedade, ajudando cidadãos e cidadãs a enfrentar essas políticas de flexibilidade, descentralização e autonomia, propugnadas nas esferas trabalhistas.

SANTOMÉ, Jurjo Torres. As origens da modalidade de currículo integrado. In:______. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998, p.9-23.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

CONTRIBUIÇÕES IMPORTANTES DE EMÍLIA FERREIRO E ANA TEBEROSKY

Inquietação pedagógica, segundo Emília Ferreiro: não será possível considerar uma ação alfabetizadora que tome como ponto de partida o que estes adultos sabem, em lugar de partir do que ignoram?
Os alunos que não se alfabetizam podem estar submetidos a um processo inadequado, que crie conflitos com seu próprio modo de perceber a escrita. Aqueles que de um modo ou de outro aprendem a ler, podem ter encontrado uma conduta metodológica compatível com seu estágio de concepção sobre a escrita.
A proposta para que ocorra a verdadeira alfabetização é partir do que cada uma sabe e oferecer oportunidade de reflexão e prática até chegar à leitura e escrita competentes, pois o domínio do código escrito é uma aquisição cognitiva e, cada um é capaz de construir seu conhecimento. É essencial o contato com textos de diferentes tipos e o incentivo a escrita / mediado pelos temas trabalhados e suportado por materiais auxiliares (palavras cruzadas, os jogos com palavras, as fotos e recortes de gravuras de jornal, os exercícios mimeografados,...). As condutas metodológicas ligadas a uma série de habilidades e de hábitos escolares, auxiliando o desempenho e concorrendo para a aquisição da autonomia. O processo específico de ler e escrever se desenvolve a partir de uma situação coletiva.
Não será acaso nossa própria ignorância sobre o sistema de conceitos dos adultos o que nos leva a tratá-los como menos sábios?

QUAIS DIFICULDADES DAS PRÁTICAS NA EJA

COMO PERCEBO AS PRÁTICAS DISCENTE E DOCENTE NA EJA

São tantas adversidades para os adultos das camadas populares, sendo que, a questão de escolarização tem peso menor para a sua sobrevivência, questões como: habitação, saúde, emprego, alimentação, transporte,...têm prioridades em relação aos processos escolares. Sem falar, nas condições destes trabalhadores que estão limitados devido ao desgaste físico, assim, pouco tempo lhes sobra para a sua formação.
Quanto aos educadores, muitos têm dificuldades no ato de alfabetizar, sendo desprovidos de material técnico necessário e em condições mínimas de trabalho e de um corpo de conhecimento que possa subsidiar os desafios impostos pela prática educativa.
MAS PRECISAMOS IDENTIFICAR NOSSAS NECESSIDADES ENQUANTO EDUCADORES E VER QUAIS SÃO OS INTERESSES DE NOSSOS EDUCANDOS EM APRENDER? São os desafios nos movendo!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

UMA APRENDIZAGEM MUITO IMPORTANTE!!!!

Eu não conhecia, ou seja, não tinha convivência com pessoas surdas, porém sempre tive curiosidade em saber mais sobre este universo de pessoas de linguagem diferente, para enriquecer as minhas experiências. Agora com a interdisciplina de LIBRAS estou começando a entender quais os parâmetros e, que sinais favorecem o acesso das pessoas surdas aos conhecimentos existentes na sociedade.
Eu achava que as pessoas surdas não poderiam ser muito “desenvolvidas”, porém após ter contato com estudos sobre LIBRAS, minha concepção modificou e, meu preconceito até então que reconheço como ignorância está, felizmente, posto por “terra”.
O que estou aprendendo é que LIBRAS é uma língua que é comparável em complexidade e expressividade a quaisquer línguas orais; tendo suas próprias estruturas gramaticais; utiliza a visão como canal de comunicação; A LIBRAS é capaz de expressar idéias (complexas e abstratas), podendo os seus usuários discutir e expressar sobre diferentes e variados assuntos. Em LIBRAS se aumenta o vocabulário, como demais outras línguas, introduzidos pela comunidade surda em resposta à mudança cultural e tecnológica.
Eu acredito que para conversar com uma pessoa surda precisarei captar pela visão suas expressões faciais, pelos movimentos corporais e, com o alfabeto manual. Sempre olhando nos olhos.
O que eu gostaria é de poder trocar muitas idéias com pessoas surdas, pois tenho muitas curiosidades e porque acredito que aprenderei muito da cultura dos surdos que tem muitas histórias, a começar pela riqueza da língua de comunicação deles: a língua de sinais. Com o passar do semestre espero que nossas aulas sejam assim, enriquecedoras como está desde o início e desafiadoras para mim que tenho tanto a aprender com as pessoas surdas.
Estou muito curiosa em aprender LIBRAS, muito mesmo e, até já estou, aos poucos, estudando o manual das letras e do números; muito interessante mesmo.

ALFABETIZAÇÃO DE ADULTOS: AINDA UM DESAFIO.

Sigo como complemento às afirmações abaixo, com ideias retiradas do texto: " Alfabetização de adultos: ainda um desafio": de Regina Hara.
A alfabetização competente de adultos que une o compromisso político de educadores populares com a desenvoltura técnica necessária ao seu bom desempenho, não são suficientes para enfrentar o grande desafio importante pelos condicionantes de ordem social.
O ensino e as pesquisas em profundidade que possam aprimorar concepções e mecanismos de aprendizagem no campo da educação de adultos das camadas populares não ocorrem.É preciso sistematizar experiências de aprendizagem e todos terem acesso as pequenas produções de conhecimento disponível.
Temos que ter a iéia que devemos ser autores de nossas apredizagens para que ocorra transformação social, com expressão e empoderamento político e, nas "trocas" fazer a coletivização da alfabetização, na interlocução mais ampla, respeitando os sujeitos com seu histórico - sócio- cultural.

ALFABETIZAÇÃO UM GRANDE DESAFIO!

No texto "Alfabetização e a pedagogia do empowerment político", de Henry Giroux, se destacam idéias como; Alfabetização com política cultura, dentro deste contexto e, com dimensões: social, cultural, política e econômica da vida cotidiana, assim há uma complexa e fundamental relação entre ensino, aprendizagem e cultura dos alunos. É preciso haver uma teoria radical da alfabetização e, que precisa erguer-se sobre uma teoria dialética da voz e do empowerment. Há a necessidade de politização da alfabetização, que esteja articulada ao empowerment político, porque é ideologicamente concebida como construção histórica, política e social cuja finalidade está articulada à emancipação social e cultural dos sujeitos e dos grupos. Não pódemos ter a idéia que a alfabetização é apenas uma habilidade a ser adquirida.

PROJETOS DE APRENDIZAGEM_ UMA FONTE DE RIQUEZAS AO PLANEJAR

Achei extremamente interessante a pergunta B do Enfoque Temático 1: O que é planejar?; que envolvia o estudo de um fragmento do texto "Planejamento em busca de caminhos" (RODRIGUES, 2001), assim pude repensar muito na forma de direcionar o PA (Projeto de Aprendizagem); estava assim formulada a proposta B:
b) Elabore cinco perguntas que você considera importantes para fundamentar o planejamento de ensino, por exemplo: "O que é significativo que meus alunos aprendam?"
1) Quais os assuntos de interesse de meus alunos? O que querem aprender?
2) Quais os conhecimentos básicos que meus alunos têm? A que distância está daquilo que queremos alcançar?
3) O que faremos, para que realmente conseguirmos alcançar o que queremos?
4) As concepções estão em eixos voltados como: sociedade, conhecimento, homem, cultura, aprendizagem e currículo?
5) Há a interdisciplinaridade no que é proposto?
OBSERVAÇÃO; No decorrer de mais postagens vou expondo mais sínteses de textos interessantes que contribuem para meu aprendizado e, desde a tempos já afirmei que tenho dificuldades em trabalhar com PA com meus alunos, estou aprendendo, não é?