terça-feira, 30 de novembro de 2010

Minha pesquisa foi fruto da minha inquietação quanto à presença do lúdico em sala de aula como mobilizador de um trabalho interdisciplinar. Tive como objetivo refletir sobre a contribuição do lúdico na elaboração de um trabalho interdisciplinar em sala de aula. Busquei informações, teorias e exerci a prática para responder às minhas indagações, estruturando um trabalho em três etapas: o lúdico e a educação, o que é interdisciplinaridade e a análise de atividades interdisciplinar e lúdica em sala de aula. O levantamento do referencial teórico foi realizado por meio de estudos e práticas sobre a importância do lúdico, sua relação com o desenvolvimento e a construção do conhecimento da criança, e como o mesmo pode promover a interdisciplinaridade na sala de aula. A segunda etapa, das coletas de dados, foi realizada no decorrer do estágio curricular do curso de Pedagogia Modalidade a Distância da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Essa foi de forma investigativa e mediante uma pesquisa qualitativa, numa turma de terceiro ano do Ensino Fundamental, de uma escola pública municipal na cidade de Novo Hamburgo. Para mim, as brincadeiras, quando trabalhadas num momento certo e utilizadas para seguirem uma linha de raciocínio sobre o conteúdo escolar, não só podem servir de desafio para que o aluno se torne interessado pelo assunto que o professor quer ensinar, como também podem despertar a vontade do educando sair em busca de novos conhecimentos, explorando-os e expandindo-os. A interdisciplinaridade ocorreu de forma “natural”, pois o lúdico fez um “elo” para que os conteúdos curriculares fossem trabalhados num âmbito globalizado. As evidências são a minha maior força, apresentadas nesse trabalho. É de suma importância relatar que também a partir dos estudos teóricos (SÁ, KISHIMOTO, FORTUNA,...) que no ato do brincar a criança entra em contato com a realidade externa, estabelece vínculos e passa a interagir com o mundo. Assim, inicia-se o conhecimento do mundo e conseqüentemente de si própria, gerando o auto-conhecimento, condição esta imprescindível para a busca de sua autonomia.

DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM SOB O ENFOQUE DA PSICOLOGIA II - D
Só posso falar sobre conhecimento quando me aproprio de teorias e penso na minha prática. O conhecimento, para mim, não é algo adquirido, tão somente, no meio (o objeto - empirista ) nem somente na bagagem hereditária (o sujeito- apriorismo). O conhecimento é uma construção.
Para mim, a aprendizagem ocorre quando o aluno consegue interagir com o meio e entre ele mesmo, numa construção.
Para o aluno aprender, o professor deve “lançar desafios” para a busca do conhecimento, o professor não deve trazer tudo pronto, deve ser sim um professor que desafia seu aluno.
O aluno produz transformações no mundo objetivo, através da dimensão assimiladora, e pela dimensão acomodadora, produz transformações em si mesmo. E, ao produzirem essas transformações, a aprendizagem será construída, pois resultará em uma síntese indefinidamente renovada entre a continuidade e a novidade. ASSIMILAÇÃO+ACOMODAÇÃO=APRENDIZAGEM E TRANSFORMAÇÃO.
Aprendi muito sobre os estádios do desenvolvimento, segundo Piaget.
NA INTERDISCIPLINA “EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS”, participamos de muitos fóruns, onde as “trocas’ me ajudaram muito em meus estudos. Acredito que em se tratar de inclusão é preciso a valorização de uma pedagogia que contemple a cooperação e o diálogo, numa análise de propostas de uma organização curricular que são pautadas pela flexibilidade nos procedimentos de avaliação e planejamento, além da presença significativa dos dispositivos de apoio aos docentes e aos alunos. É preciso, então, considerar valioso as interpretações associadas à inclusão, as que identificam esse conceito como integrantes de movimentos históricos de ampliação dos direitos sociais e de investimentos na qualificação dos serviços educacionais.
NA INTERDISCIPLINA DE QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS NA EDUCAÇÃO: SOCIOLOGIA E HISTÓRIA: Aprendi muito com Marilene Paré, que afirma que os (Auto-Imagem e Auto-Estima na Criança Negra: Um Olhar sobre o seu Desenvolvimento Escolar) os atos discriminatórios diminuem a auto-estima e inibem o pleno desenvolvimento cognitivo.
A escola é responsável pelo processo de socialização das crianças, local onde se estabelecem relações entre elas, as mesmas que são vidas de diferentes núcleos familiares. Esse contato diversificado poderá fazer com que na escola aconteça o primeiro passo de vivência das tensões raciais. Então, é dever da escola trabalhar estas questões raciais e, trazer para o cotidiano da sala de aula, estratégias que contemplem as necessidades específicas destes alunos. É fundamental que se trabalhe a auto-estima. Assim a escola será um meio eficaz de prevenir e diminuir o preconceito.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Na interdisciplina de Projeto Pedagógico em Ação, entre outros, aprendi muito sobre Projetos de Aprendizagem e que os mesmos permitem a acolhida de interesses dos alunos; desafiam os estudantes a examinar temas ou aspectos nos quais a escola normalmente não costuma se deter e que não são explorados pela mídia;estimulam os alunos a se comprometerem na pesquisa de idéias, na aplicação de processos intelectuais em problemas de interesse pessoal ou social;envolvem o aluno com a realidade; etc Aprendi a importância de que as Perguntas são o resultado natural da curiosidade e nos encaminham a novos conhecimentos ou a novas compreensões. Que há os conhecimentos prévios, onde há certezas provisórias e as dúvidas, vão se modificando em busca da construção do conhecimento, e assim podemos contar também com as TIC que tornam-se poderosos recursos para facilitar o trabalho do professor e dos alunos. Na interdisciplina de Organização de Ensino Fundamental aprendi dados importantes de como seconstituiu historicamente o movimento pela gestão democrática na educação, e características e formas de organização curricular por série e por ciclos e a “problemática” na avaliação, bem como as principais características do Projeto Político Pedagógico (PPP) e do Regimento Escolar, bem como a importância da construção coletiva, por toda a comunidade, desses documentos, e como essa prática interfere na qualidade do PPP.

domingo, 21 de novembro de 2010

Na interdisciplina de Artes Visuais aprendemos um pouco da história da arte no Brasil, o ensino da arte numa perspectiva multiculturalista, algumas tendências contemporâneas no ensino da arte, a avaliação na arte: o bicho papão, entre outras temáticas, levando-me a descobrir que na arte há interpretações individuais e que devem ser consideradas, numa visão ampla e com respeito. Na Interdisciplina de Literatura Infantil e Aprendizagem aprendi muito sobre como é importante a contação de história; e a poesia como uma literatura indispensável a todos; também a importância dos elementos da narrativa, os contos de fadas, o mundo literário e belo de alguns autores brasileiros, as fábulas; tudo onde ocorreu muitas trocas e sugestões entre os colegas do curso, enriquecendo nossa aprendizagem. Na interdisciplina de Ludicidade e Educação ocorreu estudos sobre conceituação de jogo, brinquedo, brincadeiras e ludicidade, e onde não foi deixado de lado os estudos sobre o ser humano e sua essência lúdica, também tivemos acesso à muitos artigos de Tânia Ramos Fortuna, especialista no assunto, entre outros estudiosos. Na interdisciplina de Música na Escola aprendemos que é muito importante a música na constituição do eu na criança e da importância das experiências musicais na construção da identidade da infância até a idade adulta; entre outros assuntos a importância do folclore musical e, o quanto é imprescindível possibilitar o acesso das crianças à produção musical de qualidade, pois é um modo de educar; estudamos alguns compositores brasileiros dando relevância à história da Música Popular Brasileira. Finalmente na Interdisciplina Teatro e Educação Tivemos aulas onde ocorreu experimentação de jogos e improvisação a partir de diferentes técnicas, as quais poderão ser repassadas aos nossos futuros alunos.
Na interdisciplina Representação do Mundo pela Matemática
foram criadas algumas atividades para serem desenvolvidas de forma coletiva ou individualizadas, com textos, jogos, vídeos, descrição de materiais concretos com a perspectiva que eles podiam servir para ajudar-nos nas nossas aulas de Matemática. Também disponibilizaram livros digitalizados, indicações de livros, endereços e pediram muitas sugestões de materiais, livros e opiniões, onde as "trocas" foi imprenscindível para nossa aprendizagens em relação a diversos conteúdos, como: classificação e seriação, números e operações, espaços e formas,... Na interdisciplina de Representação do mundo pelas Ciências Naturais houve grande aprendizado onde faz-se importante que todos os seres humanos demonstrem sua concepção de natureza: relação ser humano e ambiente, numa perspectiva de conscientização dos cuidados com o meio ambiente, e conhecimentos aos ciclos e mudanças (tempo e espaço), numa associação de que "arte e ciência se misturam", onde nos foram repassadas metodologias para "encarar" a ciências como parte integrada de nossa vida e que a aprendizagem da mesma aconteça de forma prazerosa. Na interdisciplina de Representação do Mundo pelos Estudos Sociais, teve início a nossa aprendizagem de Maior valorização de nossa "Caminhada enquanto professores", visto que a historia de nossas vidas pessoais e profissionais foram colocadas em pauta, assim partindo do "historizar-se", procuramos aprender sobre nossa história e, quais os fatos de nossa realidade, de nossos alunos, e enquanto Município, Estado e Nação estiveram em evidência e as repercussões históricas, sempre as aulas aliadas à criticidade e verdade, foram aulas de enorme aprendizagem.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Nossa realidade, precisamos transformá-la!

A tempo passa... a história muda mas, algumas "coisas" persistem...
No Brasil, ainda a escola constitui um produto social desigualmente produzido; desde o discurso político republicano, que insiste sobre a função homogeneizadora e igualitária da escola.
Seu acesso é modulado não apenas por múltiplos padrões distintivos (categoria socioeconômica, sexo, etnicidade, local de residência…), como também pelo tipo de rede escolar freqüentado (pública, particular).
A heterogeneidade provocada pela atual fragmentação do sistema escolar brasileiro em várias redes reproduz, acentuando-as, as desigualdades sociais e compromete o desenvolvimento econômico e social desse país.

O que é PPP, didática e currículo?

O PPP existe para planejar as ações educativas, tem intencionalidade; é expressão de uma parte de nossa vontade, seja social, seja individual.
O PPP deve ser reformulado tantas vezes forem preciso
Há muitos fatores que estão em jogo quando se projetam ações educativas, como: QUE ALUNOS QUEREMOS FORMAR?; QUE VALORES VAMOS PRIORIZAR?; COM QUE RECURSOS IREMOS CONTAR?
O Projeto Político Pedagógico não deve somente formular objetivos/metas e promover a participação da comunidade educativa mas, que funcione como um guia para a melhoria das escolas e a formação dos professores, baseando-se em questionamento sobre o seu conhecimento da prática. Para a melhoria da escola, e esta, por sua vez, à mudança educativa.
O PPP deve ter participação democrática mediante a discussão de propostas e a votação sobre as normas para o funcionamento da escola.
Os PPP devem ser implantados no dia-a-dia e, deve-se participar efetivamente nas mudanças necessárias. E, deve ser executados por aqueles que, de alguma forma, envolvem-se em sua produção.
O PPP não pode ser imposto nem pode ser ditado por instâncias políticas, e sim deve ser construído pelos professores,junto à comunidade,para poderem escrever s sua própria história. A escola não pode ser “propriedade” dos professores, mas deve incluir toda a comunidade educativa no seu funcionamento e no planejamento de suas metas de melhoria.
“Projeto Educativo não é algo que se coloca como um a mais para escola, pelo contrário, é uma metodologia de trabalho que possibilita re-significar a ações de todos os agentes da Escola.”(Celso Vasconcelos)
Didática é uma ciência cujo objetivo fundamental é ocupar-se das estratégias de ensino, das questões práticas relativas á metodologia e das estratégias de aprendizagem. Sua busca de cientificidade se apóia em posturas filosóficas como o funcionalismo, o positivismo, assim como no formalismo e o idealismo.
Sintetizando, poderíamos dizer que ela funciona como o elemento transformador da teoria na prática.
Currículo: A tendência atual considera imprescindível uma integração entre currículo e didática; os estudos curriculares tendem a aspectos mais globais, expondo como se realiza a seleção e organização do conhecimento e como esse processo de seleção não é neutro, favorecendo a certos grupos frente a outros.
O enfoque curricular há de ampliar o “que”,o “porque”,o “para que” e em que condições há que levar-se a cabo o ensino, mas, sempre colocando no centro de suas considerações o aluno. Para que estes conteúdos curriculares cumpram seu objetivo é necessária uma adequada seleção e uso acertado das melhores estratégias didáticas, que não poderão ser independentes do conteúdo, dos objetivos e nem do contexto(da sua realidade).É importante para alcançar as metas pretendidas uma estreita colaboração entre a elaboração do currículo e a escolha da estratégias didáticas.